terça-feira, 4 de novembro de 2014

Campos Gerais

Campos Gerais

Foram tantos caminhos que percorri
Foram rios, vales e matas que vi
Mas é de ti que sinto saudades
É do seu cheiro que tenho vontade de sentir

A vida jamais seria a mesma
Se pro seu colo eu não pudesse voltar
E com certeza eu morreria de tristeza a cada dia
Se nesses campos eu não pudesse me calcar

Foram dias e séculos, de lutas e de glórias
E num desses dias eu entrei pra sua história
Fazendo parte de ti e de sua memória
Assim como tantos, que aqui viveram e ainda moram

Campos de amores, campos de flores
Vou revelar pro mundo o seu dulçor
Seja em revistas ou colunas de jornais
Em lares e lugares de cada canto que eu for

Campos Gerais assim é, e assim se faz
Viajo pelo tempo, vindo de qualquer lugar
Ávido sorriso e cheio de graça
É aqui nestes lindos campos que eu sinto a paz

Se a imortalidade me fosse concedida
Não seria de bom propósito aceitar
Prefiro em campos astrais
Harmonizar meu espírito, aos Campos Gerais

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Íris

Íris
Mirei em seu olhar noturno
Negros,soturnos,encantador
Senti seu desejo profundo
Cada segundo
Colorindo meu mundo
Outrora sem cor

sábado, 26 de julho de 2014

Uni - versos

Uni – versos

Joia - safira
Pinóquio - mentira
Viúva - Porcina
Pipoca - da esquina 

Dente – de leite
Maças – do amor
Sinuca – de bico
Vaso – de flor

Sujeira – tapete
Barba – gilete
Bolo – confete
Branca – de neve

Migalhas – de pão
Ursinho - pimpão
Uva – Japão
Bolha – sabão

Céu – de brigadeiro
Cigarro -cinzeiro
Cama - travesseiro
Dama - de vermelho

Soldado – sentido
Comadre – fofoca
Dores – gemidos
Gravata – sufoca

Boneca – de pano
Disco – do ano
Ligou – por engano
Fulano –  beltrano

Legião – urbana
Gato – frajola
Mendigo – esmola
Toyota - Corolla

Arroz – com feijão
Polícia – ladrão
Sonho – de pobre
Ganhar – um milhão

Falei – por falar
Escrevi – sem pensar
Rimas – sem nexo
Pro tempo - passar


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Corpo e Alma

Corpo e Alma
Deixa eu pensar
Que posso lhe dar
Tudo aquilo que
As palavras podem dizer

Mas se em palavras não lhe convenço
Deixe meu olhar revelar o por quê!
Tu és o Sol do meu universo
O verso da canção que faço a você

Deixe eu entrar no seu mundo
E por um segundo sentir
O que seu corpo deseja
E sua alma tanto quer

Desvendar seus segredos
Mistérios e medos
E te dar no presente
O que o futuro reserva a você

Ser seu amigo amante
E brindar cada instante
Pois sua presença
Me eleva ao prazer



Deixe eu sonhar
Sonhar de te amar
E desse sonho
Jamais acordar

Deixe eu viver
Nessa ilusão
Me deixe habitar
O seu coração

terça-feira, 20 de maio de 2014

Cumplicidade

Cumplicidade
Nada que possa te magoar
Nada que venha lhe ferir
Nada que assombre ao seu olhar
Eu hei de proferir

Tudo o que obtenha o seu aval
Tudo o que lhe pareça fazer bem
Tudo o que busque acrescentar
Serei e farei pra ti também

Nada que lembre o seu passado
E das duras horas já vividas
Estarão presente em seu presente
Serão lembranças, jaz – esquecidas

Que a essência não se perca
Que a cumplicidade permaneça
Que se equilibrem as diferenças
E o bom tempo seja a nossa recompensa

Um novo plano, de uma nova vida
De um novo amor terá surgido
Pondo em xeque toda a ideia por ora estabelecida

Pois o recomeço se faz presente
Numa nova aurora a cada dia
Sinta o Sol que em ti me aquece, amor de minha vida.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Dois

‘Dois’
Meu cheiro
Meu tempero
Meu lado bom do travesseiro
Meu canto
Meu encanto
Meu sorriso
Meu pranto
Meu dia
Meu Sol
Meu sussurro ao pé do ouvido
Meu calafrio sentido
Meu eu ao seu dispor
Com toda a força
Com toda a cor
Com todo o tempo pra se perder
Com todo o risco pra se correr
Com toda a vida pra se entregar
Contigo, com tudo
Amar 

sábado, 12 de abril de 2014

Olhos Vendados

Olhos Vendados
Carrinhos de papel e papelão
Puxados por um cidadão
E camuflada na frente
Uma criança inocente

São seis horas da manhã
Não tem leite nem pão
E ao invés da escola
Garotos cheiram cola

Jovens meninas nas esquinas
Se vendem pra ganhar a vida
A perca da inocência
Já não faz mais diferença

O pai desempregado
A mãe conta uns trocados
E na panela do almoço
 Uma porção de reciclados

Achamos tudo tão comum
Vemos de um jeito assim, normal
Perdemos a referência
Entre o bem e o mal

Eis o futuro da nação
Seguindo de olhos vendados
Na ordem e no progresso
Os cegos por opção

segunda-feira, 31 de março de 2014

Pequena Elis

Pequena Elis
Elis
Nossa vida é assim por um tris
E o direito de ser feliz
Só cabe a mim e a ti!
Elis
O tempo fez de ti, mulher
Mas há no olhar em si
O mesmo brilho que um dia em mim
Despontou paixão sincera!
Elis
Já não sou mais um aprendiz
Na vida quase tudo eu fiz
Só no amor não fui feliz!
Elis
O tempo que agora se passa
Me confunde, me envolve, me enlaça
Em sentimentos outrora vividos!
Elis
Não sei bem o que o presente me diz
Mas se há um Sol que te aquece em mim
  Eu também sinto em ti o mesmo brilho!
Que mesmo perto e tão distante
Eu vivo estar contigo

Mah

Mah
Já te pintei
De todas as cores
De várias maneiras
Em todas as poses

Já te provei
Em tantos sabores
Em várias receitas
De um livro de doces

Já te sonhei
Em todas as noites
Passadas em claro
E em sono profundo

Já te confundi
Em ruas e esquinas
Em corpos e risos
De outras meninas

Já te senti
No buquê das flores
De todas as rosas
De um vasto jardim

E sendo assim
Já te esculpi no tempo
E em todas as formas

No meu pensamento

quinta-feira, 13 de março de 2014

Alma Forjada

Alma Forjada

O dedo na ferida
Sangra a alma partida
Revés de tempos urdidos
Capciosa faceta curtida

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

domingo, 12 de janeiro de 2014

Horas Mortas

 
 
Horas Mortas
Diante da madrugada fria e escura
Ouço o eco da minha alma
Sedenta e vazia
Nesse vale sombrio
No abismo profundo e sem fim
Atiro as pedras e com elas
O que há de bom e ruim
Matando assim o melhor e o pior em mim


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Adriana

Adriana
E se for só uma paixão
Tão avassaladora súbita como um trovão
Dessas que faz a gente perder o chão
Embaralha os sentimentos, nos confunde a razão
Paixão, como poder contê-la
Não, não saberia responder
E uma mistura de sensações
De querer, querer e mais querer
Algo entre o real e o imaginário
Algo como estar sonhando acordado
Onde os ponteiros do tempo se perdem
Roubando-nos  da realidade
E se for só uma paixão
Que faço com esse pobre coração
Que não sabe dizer sim
Mas que duvido; dizer não
O desejo profundo de senti-la
A intensidade em absorvê-la
Conflita-me e cobra-me a resistir
Por saber que é impossível vivê-la

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Avesso

Avesso

Um pouco de mim é letra
Outro pouco é melodia
Um pouco de mim é rock
Outro pouco sinfonia

Um pouco de mim é lágrima
Outro pouco é alegria
Há um pouco de mim que ora
Outro pouco heresia

Sou verão, janeiro
E o Sol da tardezinha
Sou do asfalto quente
Sou deserto, sou das trilhas

Sou das horas vagas
Um par, dois copos, fantasias
E o contrário do que eu disse
São verdades, são mentiras

Um pouco de mim é impulso
Outro pouco é disciplina
Um pouco de mim diz tudo
Outro pouco nada ensina