sábado, 12 de abril de 2014

Olhos Vendados

Olhos Vendados
Carrinhos de papel e papelão
Puxados por um cidadão
E camuflada na frente
Uma criança inocente

São seis horas da manhã
Não tem leite nem pão
E ao invés da escola
Garotos cheiram cola

Jovens meninas nas esquinas
Se vendem pra ganhar a vida
A perca da inocência
Já não faz mais diferença

O pai desempregado
A mãe conta uns trocados
E na panela do almoço
 Uma porção de reciclados

Achamos tudo tão comum
Vemos de um jeito assim, normal
Perdemos a referência
Entre o bem e o mal

Eis o futuro da nação
Seguindo de olhos vendados
Na ordem e no progresso
Os cegos por opção

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