Olhos Vendados
Carrinhos de papel e papelão
Puxados por um cidadão
E camuflada na frente
Uma criança inocente
São seis horas da manhã
Não tem leite nem pão
E ao invés da escola
Garotos cheiram cola
Jovens meninas nas esquinas
Se vendem pra ganhar a vida
A perca da inocência
Já não faz mais diferença
O pai desempregado
A mãe conta uns trocados
E na panela do almoço
Uma porção de reciclados
Achamos tudo tão comum
Vemos de um jeito assim, normal
Perdemos a referência
Entre o bem e o mal
Eis o futuro da nação
Seguindo de olhos vendados
Na ordem e no progresso
Os cegos por opção
Infelizmente, suas palavras é a realidade de muitos.
ResponderExcluirContinue assim com esse sentimento aflorado.
Obrigado Cris.
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