segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Porões

Porões
Por entre calos e rugas
E os meus cabelos grisalhos
E atrás das luzes difusas
Contornos da vida, herdados.

Esculpem as pedras, o vento
Ao som de um triste lamento
Passam meus dias, minhas horas
Lapidam meu eu, o tempo.

domingo, 16 de junho de 2013

RENDIÇÃO

RENDIÇÃO
Indescritível é
Imprescindível é
Essa deusa
Essa mulher
Que ronda os meus sonhos
Que navega os meus mares
Que segue os passos
Que me indulta com seus olhares
Inigualável é
Inimaginável é
Essa deusa
Essa mulher
Que não manda notícias
Que vem e que some
Feito overdose
Que me envolve e consome
Infalível é
Imbatível é
Essas armas
Dessa mulher
Que chega e domina
Alicia e fascina
E num só golpe
Amotina e extermina
E não há reação
A luta é em vão
Sempre acabo em teus braços
Domínio...rendição

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Baby

Baby
O berço que balança
Embala o sonho da criança
Que desperta o sono da mãe
Quando ronca a sua pança

Chora canto,quebranto
Dorme,finge,acorda
Segue a rotina dos anjos
Inverso ao caminho das horas

Haicai 33

Os  hábitos
Das freiras do convento
Secam ao vento

domingo, 21 de abril de 2013

Hit

Hit

A palheta que acorda a corda
E fazendo um som ecoar
Despertam sentimentos na alma
Em tons e notas que fazem lembrar

De um sonho vivido
De um amor correspondido
Uma paisagem deslumbrante
Ou uma viajem alucinante

Lagrimas rolam em rimas e refrãos
Decorrendo em acordes 
Por sentimentos que brotam
E lembranças que denotam

Algumas prazerosas
Outras lamentosas
Tristes,felizes
Ou harmoniosas

Timbres,tons e notas
No compasso da melodia
Trilham nossas histórias
Quaisquer que sejam as trajetórias

No tempo em que se passam
A batida é perfeita
Mesmo que por pouco tempo
Eternizam um momento

terça-feira, 16 de abril de 2013

terça-feira, 26 de março de 2013

sábado, 9 de março de 2013

Feliz Idadezinha

Feliz Idadezinha
 
Quando criança
Brincava e o tempo sorria
Ardia sob o Sol em ruas
Em carrinhos de rolimã
E nas pipas pelo céu
Pés descalço,topadas no dedão
Futebol com a mulecada
Nos campinhos de terrão
 
Doce tempo,tempo de doces
Onde o futuro era só o Papai Noel
Que levava dez anos pra chegar
Vindo de algum lugar distante
Qualquer um que a imaginação pudesse criar 
 

Nós


Nós
O nó ata e dasata
Aperta a gravata
Sufoca a garganta
Embarga a vóz
Arrocha o peito
E não há jeito
Ou desata e alivia
Ou ata e asfixia

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Sobre o Tempo

Sobre o Tempo
Não senti o tempo passar por mim
Não vivi todo o tempo que senti
Hoje tenho a sensação
Que o tempo é só uma ilusão 

O que é o dia desde o amanhecer do Sol?
E o que se passa pelo dia até o Sol se pôr?
Qual é o sonho que se tem?
E o que desejas conquistar?
É um oceano de prazer
E só uma gota a desfrutar

Não senti o tempo passar por mim
Não vivi todo o tempo que senti
Fica sempre a sensação
Que o tempo é só uma ilusão
Uma discução entre o “Ser e o Ter”

Qual é o sonho que se tem?
E o que desejas partilhar?
A evolução do teu Ser?!
Ou o universo a conquistar?!