segunda-feira, 2 de abril de 2018

O Jardineiro

O Jardineiro 

Hoje eu encontrei um amigo 
Que há tempos eu havia esquecido 
Amigo que já foi meu abrigo
Quando eu me encontrava perdido 

Hoje eu deparei-me com a flor
De um jardim todo em resquícios 
E nas mãos do seu jardineiro 
Vi marcas de cravos e espinhos 

Em cada cravo, uma alma
Em cada rosa, um pedido
Em cada espinho uma dor
Chagas de um mundo ferido

Em seu semblante de paz
Não me cobrou gratidão 
Não me exigiu sacrifícios 
Apenas mostrou - me suas mãos 

Meu cravo, ali estava
Também minhas rosas floridas 
Mas, meu espinho sangrava 
A minha oração esquecida

Ao acordar -- gratidão 
De um sonho tão vívido, vivido
Da janela, o meu jardim
Obrigado meu velho amigo