domingo, 19 de fevereiro de 2012

Babel


Babel


Eis que cai breu
Sob o céu de Galileu
Luza a dama da noite
Em seu rito, flerte Babel

Cintilante no tempo
Despojada do véu
Seu corpo arma de açoite
Tamanha beleza cruel
                           




A mão e o calo


A Mão e o Calo


A mão que martela
A mão que prega
A mão prega e martela
Na cabeça do prego

O prego se faz incrédulo
Aos olhos do pregador
Que revela na mão o calo
E assim o faz seguidor
           

Haicai 2

Charrete da vó
Cavalo, no seu rabo 
Eu dava um nó

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Haicai 1

Furo na parede
Prego magoou
Tábua apaixonou

O Circo


O Circo


Ri, ri de tudo o que vi
Vi, vi e também senti
Senti que minh’alma se integra
E se entrega ao passares aqui

Ri das graças do palhaço
Voei em trapézios pelo ar
Permiti aos truques da magia
Aos meus olhos fazer-me enganar

Debaixo da lona, o universo
De um mundo, de um sonho surreal
Eu, de minha parte, a que me presto
Contemplo, em tempo total
                                          


Tempo e Morte


 Tempo e Morte 

Tempo
Implacável tempo
Senhor do destino
Tempo
Implacável tempo
Dobram os sinos, dobram os sinos